Sai – Secretaria Executiva de Articulação Internacionais

Articulação Internacional do Estado apresenta ações dos primeiros meses de Governo

Já são quatro meses de governo e a Secretaria de Articulação Internacional (SAI) de Santa Catarina está a todo vapor. Dentre as várias pautas neste período, destaque para ações de apoio à criação de uma internet rural, articulação para a instalação no Estado de novas empresas estrangeiras e reuniões para alinhamento de viagens internacionais para em busca de melhores práticas em benefício da população do Estado.

“Com o apoio do governador Jorginho Mello, nossas áreas de atuação em questões internacionais, comércio exterior e atração de investimentos estão cada vez mais fortalecidas. Nas agendas diárias da SAI, buscamos incessantemente auxiliar empresas, representantes consulares, parceiros e órgãos estaduais para que, em breve, resultem em investimentos internacionais concretos em Santa Catarina, gerando ainda mais emprego e renda aos catarinenses”, afirmou o secretário de Articulação Internacional, Juliano Froehner.

No setor agro, a SAI alinha para o Estado um pacote facilitado via satélite, com algumas empresas do setor, como ‘cliente especial’ para a criação de um programa de internet rural que beneficie a agricultura e os agricultores. Outras tratativas nesta área são a utilização do mercado financeiro de países parceiros para a obtenção de pagamento pela manutenção de áreas verdes em SC via crédito de carbono e de áreas públicas do Estado, a exemplo de parques estaduais; a obtenção para o ensino fundamental de know-how internacional para ensino de empreendedorismo por meio de aquaponia e de tecnologia agro para crianças; e a ampliação do comércio exterior com outros mercados.

Ações intergovernamentais

A Secretaria está negociando com fabricantes de dragas para trazê-las aos portos públicos e privados do Estado. Como meta principal, a redução de custos aos portos, às prefeituras, ao governo estadual, além de aumentar o recolhimento de impostos aos cofres públicos, beneficiando a população. Cada vez mais, os portos catarinenses, além de outros setores, demandam por este tipo de serviço, contratando empresas de países como Rússia ou Holanda, que detém essa tecnologia. Essas empresas levam, em média, nove a dez dias para chegar à SC, além de ficarem abarcadas por cerca de 30 dias em alto mar. “E tudo isso tem um custo. Com a dragagem, poderemos receber navios maiores, com mais cargas, barateando a logística, gerando mais empregos e uma maior na arrecadação de impostos”, explicou Froehner.

Outra ação intergovernamental em formação é a da utilização de tecnologia alemã para transformar as empresas de saneamento em geradoras de energia (biogás) por meio de biodigestor para dejetos humanos com subproduto de fertilizante. “Uma delegação alemã esteve no Estado para nos apresentar sua rede de tecnologias ambiental e de gestão de resíduos, e atualmente estamos buscando patrocínio do Ministério Público para este projeto.”

Atração de investimentos

Grandes empresas devem se instalar em Santa Catarina com apoio da SAI: a marca de eletrodomésticos LG, uma joint venture de geração de energia, a chinesa Eikto e o portal de compras Shein. E também está em alinhamento com empresas catarinenses compradoras de semicondutores para o desenvolvimento de matéria-prima para a produção de chips usados nos mais diversos segmentos.

A LG, uma das maiores marcas de eletrodomésticos do mundo, escolheu o Norte de Santa Catarina como prioridade para sua nova fábrica no Brasil. De acordo com o gerente do projeto da LG no Brasil, Paulo Setti, o desenvolvimento da região, as vantagens logística, a proximidade com outras grandes empresas, a consolidada cadeia de fornecedores e a política fiscal do Governo do Estado estão sendo fundamentais para a escolha por Santa Catarina.

Também no Norte de SC, deverá se instalar uma usina termelétrica com geração de energia a gás. Em Garuva, a obra será realizada pela joint venture constituída pela Diamante Geração de Energia, sediada em Capivari de Baixo, e pelo grupo Nebras Power, empresa internacional de investimentos em energia e subsidiária da Qatar Electricity & Water Company. Com investimento de R$ 5,5 bilhões, a usina já possui licença para construção. Mas para poder entrar em operação, precisa vencer um processo de leilão de energia. A expectativa, segundo a empresa, é que o leilão ocorra no final do ano.

A chinesa Eikto, que produz células, módulos e sistemas de baterias de lítio, confirmou o interesse de sua instalação em Laguna, onde já alugaram um terreno provisoriamente. A empresa, maior exportadora da China no setor e presente em 44 países, tem como foco na produção atender as necessidades náuticas, de telecomunicações ou de equipamentos de movimentação de materiais. Os benefícios, segundo a Eikto, são vários, tanto para o meio ambiente, como a redução da emissão de carbono, quanto para os consumidores, pois a duração das baterias é de 10 anos, com monitoramento do produto direto da China.

Com a notícia de que a chinesa Shein, um dos maiores portais de compras internacionais da indústria da moda, tem planos de se tornar uma grande produtora local a partir da instalação no Brasil, Santa Catarina entrou oficialmente na disputa para receber uma boa fatia dos investimentos e novos negócios. No dia 28 de abril, o Governo do Estado recebeu duas executivas da Shein no Centro Administrativo. Segundo a empresa, Até o final de 2026, a Shein pretende que 85% das vendas do grupo em todo o continente americano ocorram a partir da produção brasileira. Para alcançar o objetivo, anunciou um investimento de R$ 750 milhões.

Relações internacionais

Em reunião com representantes do Ministério do Exterior do Governo de Israel, em Brasília, o secretário de Articulação Internacional tratou da preparação de missão internacional conjunta, com previsão para o final deste ano.

Já em Florianópolis, Froehner recebeu uma comitiva de empresas de geração de energia com tecnologia israelense para falar sobre a criação de projeto de instalação de usinas fotovoltaicas sequenciais para o desenvolvimento do lado catarinense da Rota do Sol. A empresa, em fase de captação de recursos, pretende inserir usinas para gerar energia ao Estado e, na segunda fase, gerar hidrogênio verde e criar um corredor logístico mais barato para rodovias e ferrovias. A ideia é que trens e caminhões levem e tragam energia verde pela rota, abastecendo o corredor logístico de forma sustentável.

O Governo de SC, por meio da Secretaria de Articulação Internacional, também está presente como apoiadora de feiras, a exemplo da FIN Brasil – Feira Internacional de Negócios 2023, que aconteceu no mês de março. Com estande presencial do Estado, o evento resultou em acordos de cooperação e parcerias com empresas de 45 países que estiveram do evento.

No quesito relações internacionais, a SAI também realizou uma parceria com a Jucesc para transformar o Espaço Mercosul em Espaço Articulação Internacional, instalando o Serviço Consular Itinerante do Japão e, em breve, de outros consulados, de acordo com o secretário Juliano Froehner.

Foto: Eduardo Valente/Secom